A lista encabeçada por Pedro Sambú obteve 94 votos dos 102 deputados que compõem o parlamento guineense, anunciou o líder do hemiciclo, Cipriano Cassamá, que saudou "a cooperação e entendimento" entre os dois principais partidos no órgão.

Além de José Pedro Sambu, que era secretário executivo da CNE, a lista inclui o juiz desembargador Mpaby Kaby, que é agora o novo secretário executivo.

Os juízes de direito, Felisberta Vaz e Idrissa Djaló, são os secretários executivos adjuntos da nova equipa. Vaz, juíza de direito no tribunal regional de Bissau é nova na CNE já que Djaló, fazia parte da anterior direção.

Os quatro nomes foram votados numa lista única pelos deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e os do Partido da Renovação Social (PRS).

Um deputado votou contra a eleição da nova equipa, outro absteve-se e um voto foi considerado nulo.

Os líderes das bancadas parlamentares do PAIGC, Califa Seidi, e do PRS, Certório Biote, felicitaram a nova equipa da CNE da qual dizem esperar que "faça um bom trabalho" e que organize as eleições de "forma transparente".

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, marcou as eleições legislativas para 18 de novembro.

Nas suas primeiras declarações ainda no Parlamento, o novo presidente da CNE, José Pedro Sambu, formado em direito pela Faculdade de Direito de Bissau, anunciou que a sua equipa irá começar a execução do cronograma de atividades elaborado e aprovado pelo chefe do Estado.

Como primeira tarefa, Pedro Sambu aponta a realização da atualização do registo dos eleitores que, disse, poderá iniciar-se em maio.

Quanto ao fundo de 7,8 milhões de dólares (6,3 milhões de euros) previstos para realização de eleições legislativas, o novo líder da CNE diz que, por enquanto, apenas existe um milhão de dólares, mas está esperançado de que o fundo será constituído.